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Nílson, um centroavante negro, alto e magro, biotipo que lhe valeu o apelido de "Nílson Pirulito", destacou-se como goleador em vários clubes brasileiros e de outros países, ganhando fama de "cigano do futebol", por nunca ficar muito tempo numa mesma equipe.
Nílson, um centroavante negro, alto e magro, biotipo que lhe valeu o apelido de "Nílson Pirulito", destacou-se como goleador em vários clubes brasileiros e de outros países, ganhando fama de "cigano do futebol", por nunca ficar muito tempo numa mesma equipe.


Começou sua carreira no [[Sertãozinho Futebol Clube|Sertãozinho]], no interior paulista,com grande destaque em 1983. em 1985 jogou pela Sociedade Esportiva Platinense, onde fez uma bela carreira. [[Esporte Clube XV de Novembro (Jaú)|XV de Jaú]], como terceiro artilheiro do Campeonato Paulista de [[1988]], tendo seu passe comprado pelo empresário Juan Figer.
Começou sua carreira no Sertãozinho, no interior paulista, com grande destaque em 1983. Em 1985 jogou pela Sociedade Esportiva Platinense, onde fez uma bela carreira, assim como no XV de Jaú, onde foi o terceiro artilheiro do Campeonato Paulista de [[1988]], tendo seu passe comprado pelo empresário Juan Figer.


Ainda em 1988, Nílson foi defender o [[Sport Club Internacional|Internacional]], pelo qual foi vice-campeão brasileiro e artilheiro do [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1988|Campeonato]] com 15 gols, tendo se tornado herói da torcida colorada ao marcar os dois gols na vitória (de virada) do Inter por 2 a 1, no histórico "Grenal do Século", que foi a semifinal da competição, em [[12 de fevereiro]] de [[1989]]. Na final do [[Campeonato Brasileiro de 1988|Campeonato]] seu time viria a perder o título para o [[Esporte Clube Bahia|Bahia]]. Chegou, nessa competição, a ser desejado pelo [[Futbol Club Barcelona|Barcelona]].<ref>SANTOS, Fernando. Barcelona já quer o herói do Beira-Rio. São Paulo, Folha de S. Paulo, 13 fev. 1989</ref>
Ainda em 1988, Nílson foi defender o [[Sport Club Internacional|Internacional]], pelo qual foi vice-campeão brasileiro e artilheiro do [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1988|Campeonato Brasileiro de 1988]] com 15 gols, tendo se tornado herói da torcida colorada ao marcar os dois gols na vitória (de virada) do Inter por 2 a 1, no histórico "Grenal do Século", que foi a semifinal da competição, em [[12 de fevereiro]] de [[1989]]. Na final do [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1988|Campeonato Brasileiro de 1988]] seu time viria a perder o título para o [[Esporte Clube Bahia|Bahia]]. Chegou, nessa competição, a ser desejado pelo [[Futbol Club Barcelona|Barcelona]].<ref>SANTOS, Fernando. Barcelona já quer o herói do Beira-Rio. São Paulo, Folha de S. Paulo, 13 fev. 1989</ref>


No entanto, apenas 3 meses depois, Nílsou passou de herói a vilão da mesma torcida: na semifinal da Taça Libertadores da América de 1989, o Internacional jogava no [[Estádio Beira-Rio]] pelo empate contra o [[Club Olimpia|Olímpia]] do Paraguai. O jogo estava empatado em 2 a 2 quando teve um pênalti a seu favor, que Nílson desperdiçou. Logo em seguida, o Olímpia fez 3 a 2 e levou a disputa da vaga para os pênaltis. Nílson voltou a errar e o Inter perdeu por 5 a 3.
No entanto, apenas 3 meses depois, Nílsou passou de herói a vilão da mesma torcida: na semifinal da Taça Libertadores da América de 1989, o Internacional jogava no [[Estádio Beira-Rio]] pelo empate contra o [[Club Olimpia|Olímpia]] do Paraguai. O jogo estava empatado em 2 a 2 quando teve um pênalti a seu favor, que Nílson desperdiçou. Logo em seguida, o Olímpia fez 3 a 2 e levou a disputa da vaga para os pênaltis. Nílson voltou a errar e o Inter perdeu por 5 a 3.
Emprestado por seu empresário ao [[Real Club Celta de Vigo|Celta de Vigo]], na Espanha, também não teve sorte: em sua primeira experiência no exterior, jogou poucas partidas, fez poucos gols, sofreu uma séria intoxicação alimentar e acabou voltando a [[Porto Alegre]], para jogar no [[Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense|Grêmio]]. No Grêmio foi campeão da 1ª edição da [[Supercopa do Brasil]] de [[Supercopa do Brasil de 1990|1990]]
Emprestado por seu empresário ao Celta de Vigo, da Espanha, também não teve sorte: em sua primeira experiência no exterior, jogou poucas partidas, fez poucos gols, sofreu uma séria intoxicação alimentar e acabou voltando a Porto Alegre, para jogar no {{Futebol Grêmio}}. No Grêmio foi campeão da 1ª edição da [[Supercopa do Brasil]] de [[Supercopa do Brasil de 1990|1990]].


De volta ao estado de São Paulo em [[1992]], Nílson recuperou seu bom futebol na [[Associação Portuguesa de Desportos|Portuguesa]] e no [[Sport Club Corinthians Paulista|Corinthians]]. Seguindo sua vida cigana, na década de 1990 passou pelo [[Clube de Regatas do Flamengo|Flamengo]], [[Fluminense Football Club|Fluminense]], [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco]], [[Clube Athletico Paranaense|Athletico Paranaense]] e [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], voltou à Espanha, esteve no [[México]] e foi artilheiro do campeonato [[peru]]ano de [[1998]] pelo [[Club Sporting Cristal|Sporting Cristal]]. Passou ainda por mais 7 times antes de encerrar sua carreira: [[Esporte Clube Santo André|Santo André]] e [[Clube Atlético Mineiro|Atlético Mineiro]] (ambos em 1999), [[Club Universitario de Deportes|Universitario]] (2000, último ano de Nilson atuando em um clube fora do Brasil), [[Santa Cruz Futebol Clube|Santa Cruz]] (2001), [[Rio Branco Esporte Clube|Rio Branco]] (2002) e [[Associação Atlética Flamengo|Flamengo de Guarulhos]] (2003).
De volta ao estado de São Paulo em [[1992]], Nílson recuperou seu bom futebol na [[Associação Portuguesa de Desportos|Portuguesa]] e no [[Sport Club Corinthians Paulista|Corinthians]]. Seguindo sua vida cigana, na década de 1990 passou pelo [[Clube de Regatas do Flamengo|Flamengo]], [[Fluminense Football Club|Fluminense]], [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco]], [[Clube Athletico Paranaense|Athletico Paranaense]] e [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], voltou à Espanha, esteve no México e foi artilheiro do campeonato peruano de [[1998]] pelo [[Club Sporting Cristal|Sporting Cristal]]. Passou ainda por mais 7 times antes de encerrar sua carreira: [[Esporte Clube Santo André|Santo André]] e [[Clube Atlético Mineiro|Atlético Mineiro]] (ambos em 1999), [[Club Universitario de Deportes|Universitario]] (2000, último ano de Nilson atuando em um clube fora do Brasil), [[Santa Cruz Futebol Clube|Santa Cruz]] (2001), Rio Branco-SP (2002) e Flamengo de Guarulhos (2003).


Aos 37 anos, Nilson colocou ponto final em sua longa carreira após algumas partidas pelo [[Nacional Atlético Clube|Nacional-SP]].  
Aos 37 anos, Nilson colocou ponto final em sua longa carreira após algumas partidas pelo Nacional-SP.
 
==Títulos==
;Grêmio
*[[Supercopa do Brasil]]: [[Supercopa do Brasil de 1990|1990]]
*[[Campeonato Gaúcho]]: [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1990|1990]]

Edição atual tal como às 23h37min de 14 de fevereiro de 2022

Icone Livro.png História

Nílson, um centroavante negro, alto e magro, biotipo que lhe valeu o apelido de "Nílson Pirulito", destacou-se como goleador em vários clubes brasileiros e de outros países, ganhando fama de "cigano do futebol", por nunca ficar muito tempo numa mesma equipe.

Começou sua carreira no Sertãozinho, no interior paulista, com grande destaque em 1983. Em 1985 jogou pela Sociedade Esportiva Platinense, onde fez uma bela carreira, assim como no XV de Jaú, onde foi o terceiro artilheiro do Campeonato Paulista de 1988, tendo seu passe comprado pelo empresário Juan Figer.

Ainda em 1988, Nílson foi defender o Internacional, pelo qual foi vice-campeão brasileiro e artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1988 com 15 gols, tendo se tornado herói da torcida colorada ao marcar os dois gols na vitória (de virada) do Inter por 2 a 1, no histórico "Grenal do Século", que foi a semifinal da competição, em 12 de fevereiro de 1989. Na final do Campeonato Brasileiro de 1988 seu time viria a perder o título para o Bahia. Chegou, nessa competição, a ser desejado pelo Barcelona.[1]

No entanto, apenas 3 meses depois, Nílsou passou de herói a vilão da mesma torcida: na semifinal da Taça Libertadores da América de 1989, o Internacional jogava no Estádio Beira-Rio pelo empate contra o Olímpia do Paraguai. O jogo estava empatado em 2 a 2 quando teve um pênalti a seu favor, que Nílson desperdiçou. Logo em seguida, o Olímpia fez 3 a 2 e levou a disputa da vaga para os pênaltis. Nílson voltou a errar e o Inter perdeu por 5 a 3.

Emprestado por seu empresário ao Celta de Vigo, da Espanha, também não teve sorte: em sua primeira experiência no exterior, jogou poucas partidas, fez poucos gols, sofreu uma séria intoxicação alimentar e acabou voltando a Porto Alegre, para jogar no Grêmio. No Grêmio foi campeão da 1ª edição da Supercopa do Brasil de 1990.

De volta ao estado de São Paulo em 1992, Nílson recuperou seu bom futebol na Portuguesa e no Corinthians. Seguindo sua vida cigana, na década de 1990 passou pelo Flamengo, Fluminense, Vasco, Athletico Paranaense e Palmeiras, voltou à Espanha, esteve no México e foi artilheiro do campeonato peruano de 1998 pelo Sporting Cristal. Passou ainda por mais 7 times antes de encerrar sua carreira: Santo André e Atlético Mineiro (ambos em 1999), Universitario (2000, último ano de Nilson atuando em um clube fora do Brasil), Santa Cruz (2001), Rio Branco-SP (2002) e Flamengo de Guarulhos (2003).

Aos 37 anos, Nilson colocou ponto final em sua longa carreira após algumas partidas pelo Nacional-SP.

  1. SANTOS, Fernando. Barcelona já quer o herói do Beira-Rio. São Paulo, Folha de S. Paulo, 13 fev. 1989