Futsal

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Nome	Departamento de Futebol de Salão
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Futebol de Salão no Grêmio

A primeira fase (1957-1958)

O Departamento de Futebol de Salão do Grêmio foi criado no começo de 1957. Prontamente, o clube filiou-se à recém criada Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS). Grande influência na formação do departamento teve Abrahão Bruno Pinheiro, que era amigo pessoal do futuro presidente Fernando Chaves Kroeff, e havia sido vice-campeão da cidade no ano anterior como técnico do Petrópole Tênis Clube, além de ser diretor técnico da própria Federação. Os primeiros trabalhos foram concorridos, com a presença de muitos dirigentes e torcedores, visto que o esporte era a grande sensação esportiva da capital gaúcha.

Neste período, para mandar seus jogos, o Grêmio utilizava a quadra asfaltada, ao ar livre, localizada ao lado do Estádio Olímpico, junto à Avenida Carlos Barbosa. Na quadra do Estádio Olímpico, o Grêmio disputou seu primeiro campeonato oficial, um torneio com partidas disputadas em tempo reduzido em homenagem ao aniversário da Folha da Tarde, em 6 de abril de 1957. O tricolor acabou vice-campeão, sendo derrotado nos pênaltis pela equipe do Glória Tênis Clube.

No campeonato citadino em seu ano de estreia, entre 12 equipes, o Grêmio fez grande campanha, ficando com o vice-campeonato, atrás do bicampeão Grêmio Náutico Gaúcho. Embora tenha ficado nove pontos atrás dos campeões, em 22 rodadas, foram 12 pontos de vantagem para o terceiro colocado. Na primeira temporada, o grande destaque da equipe foi o atacante Parobé, que acabaria por receber uma oportunidade no time de futebol de campo. O Grêmio preparou-se com grande elenco, embora muitos atletas não pudessem ser utilizados devido à lei do estágio. Inclusive para manter os atletas em estágio atuando, mas também para dar experiência ao grupo, uma série de excursões foi realizada, tendo, em um ano, o clube visitado Santa Cruz do Sul, Rio Grande, Pelotas, São Gabriel, Rosário do Sul, Farroupilha, Montenegro, São Jerônimo e São Leopoldo, além da capital catarinense.

Em 1958, liderado pelo pivô Dário, o Grêmio prometia uma boa campanha. O campeonato oficial começou, já bastante atrasado, no final de junho, com 14 equipes. Logo nas primeiras rodadas, uma crise instaurou-se na FGFS quando alguns árbitros decidiram entrar em greve num protesto contra a possível perda de remuneração. Os árbitros rebeldes foram punidos com suspensão, o que acabou reduzindo o pequeno quadro. Alguns dirigentes já se queixavam, também, da ausência de um Tribunal de Justiça Desportiva e do baixo nível técnico de algumas equipes participantes. A situação acabou insustentável e, em 23 de julho, o presidente Valnyr Goulart Jacques demitiu-se de seu cargo. Na semana seguinte, Abrahão Bruno Pinheiro seria eleito o novo presidente. Em meio ao cenário de incertezas, uma crise eclodiu também no setor salonista gremista, embora sem causas bem explicadas. Após cinco rodadas, com três vitórias e duas derrotas, incluindo uma surpreendente para o Esporte Clube Piratas no Olímpico, o Departamento de Futebol foi fechado em 29 de julho e o licenciamento foi prontamente solicitado à FGFS. Petrópole Tênis Clube e Grêmio Esportivo Previsul seguiram o Grêmio e também se afastaram do campeonato, por razões diversas. No mesmo ano, com o início das obras das piscinas, a quadra asfaltada do Estádio Olímpico, inaugurada em 1954, seria extinta.

O início da segunda fase (1970-1974)

Depois de 12 anos de ausência das canchas salonistas, o Grêmio voltou, em abril de 1970, a praticar o futebol de salão, soba direção de Alfredo Anunciato Galileo, que fora atleta. Foi, assim, iniciada uma nova etapa no apreciado esporte, começando o Grêmio com uma equipe formada por novos valores que se projetaram com a gloriosa camiseta tricolor.

Em 1971, ainda se ressentindo da falta de local para os treinamentos e jogos (o ginásio ainda não estava pronto), a equipe salonista de adultos manteve intercâmbio com os coirmãos, além de participar do campeonato oficial. Antes, porém, a representação de veteranos conquistou o título da categoria inter-sociedades, na qual os juvenis obtiveram o vice-campeonato. Enquanto se preparava para fazer parte do festival de inauguração do ginásio, as equipes de adultos e juvenis realizaram intensas atividades, dando sua parcela no conjunto de frentes abertas no esporte amador, beneficiário do empenho da Diretoria de concluir a moderna cancha de tartan para as futuras competições.

Já em 1972, o Grêmio foi campeão do torneio extra, terminando o campeonato da cidade em igualdade com as mais fortes equipes, só cedendo o primeiro posto no supercampeonato. Antes, já conquistara o título invicto no torneio Prof. Luiz G. Fernandes.

Em 1973 o salonismo gremista acrescentou mais uma categoria as duas em competição: infantil. Era uma exigência oficial e prontamente ela foi cumprida. Ainda em 1973, no Torneio Vice-Governador Edmar Fetter de Futebol de Salão, o Grêmio se apresentou com equipe que fez pegar fogo o salonismo gaúcho. Denominado ainda Torneio de Integração, a amplitude do certame ensejou intercâmbio muito salutar para essa especialidade esportiva, contribuindo para sua maioridade no Estado. Liderando o torneio por longo tempo, e chegando, inclusive, a obrigar a realização de um supercampeonato, a representação gremista acabou vice-campeã, mesmo mostrando qualidades para o primeiro lugar. Mas no fim do ano a recompensa pelo trabalho realizado veio do título de campeão invicto da cidade e de campeão infanto-juvenil.

Em 1974, dois títulos, na categoria adultos: bicampeão invicto da cidade e tricampeão invicto do torneio-início; e dois títulos nas categorias inferiores: bicampeão infanto-juvenil invicto da cidade e supercampeão juvenil da cidade. Além disso, o salonismo gremista cedeu 13 atletas convocados para a seleção gaúcha disputante do nacional em Florianópolis.

Veja também

Ver artigo: Futebol de Salão

Ver artigo: Lista de Partidas de Futebol de Salão Disputadas pelo Grêmio

Referências