Estádio Olímpico Monumental: mudanças entre as edições
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Em [[19 de setembro]] de [[1954]] o Grêmio inaugurava seu novo estádio. O jogo festivo foi contra o [[Club Nacional de Football]], do Uruguai, em jogo extremamente pegado, com ambas as equipes buscando a vitória. A tensão era grande, tando que aos seis minutos do segundo tempo uma briga iniciou após o uruguaio Waldemar Gonzales desferir pontapé em Camacho. A partida inaugural foi interrompida cerca de 10 minutos, antes de prosseguir. Ao final, o Grêmio vencia o adversário uruguaio por 2x0, em sua primeira partida no novo estádio. | Em [[19 de setembro]] de [[1954]] o Grêmio inaugurava seu novo estádio. O jogo festivo foi contra o [[Club Nacional de Football]], do Uruguai, em jogo extremamente pegado, com ambas as equipes buscando a vitória. A tensão era grande, tando que aos seis minutos do segundo tempo uma briga iniciou após o uruguaio Waldemar Gonzales desferir pontapé em Camacho. A partida inaugural foi interrompida cerca de 10 minutos, antes de prosseguir. Ao final, o Grêmio vencia o adversário uruguaio por 2x0, gols de [[Vitor Brás da Silva|Vitor]] aos 20 e 37 minutos, em sua primeira partida no novo estádio. | ||
Após o jogo inaugural o Grêmio realizou um [[Torneio Triangular de Inauguração do Estádio Olímpico|torneio triangular]] contra as equipes do [[Internacional]] e [[Liverpool Fútbol Club|Liverpool]], do Uruguai. O primeiro jogo foi vencido pelo Imortal por 4x0, mas o tricolor acabou sofrendo um revés contra o Colorado, perdendo por 6x2. Ao final, o rival ficou com a Taça Relógios Eska, prêmio oferecido ao vencedor do torneio. | |||
A vitória do rival no amistoso poderia presumir que o estádio não teria influência na disputa do clássico daquele momento em diante. Não foi o que ocorreu, o revés no clássico e o título gaúcho do Internacional no ano seguinte marcariam o fim de uma supremacia vermelha que se aproveitou de um período em que o futebol foi deixado em segundo plano para que a construção do Olímpico fosse possível. | |||
De [[1956]] até [[1968]] o Grêmio conquistaria 12 dos 13 [[Campeonato Gaúcho de Futebol|Campeonatos Gaúchos]], se tornando a principal referência do futebol do Sul do Brasil, participando de 90% das edições do [[Campeonato Brasileiro de Futebol]] nos [[Anos 60|anos 60]]. O sucesso do clube foi atribuído, além da equipe qualificada, ao novo estádio, à época o maior estádio privado do Brasil. | |||
Em [[1958]] o Olímpico foi palco da primeira final do Grêmio, o título do [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1958|Campeonato Gaúcho]] daquele ano. No decorrer dos anos seria o local de outras finais, como as finais da [[Copa do Brasil]] de [[Copa do Brasil de 1989|1989]] e [[Copa do Brasil de 1994|1994]], a [[Copa Libertadores da América de 1983]], e o [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1996|Campeonato Brasileiro de 1996]]. | |||
No ano de [[1963]] o Estádio Olímpico foi palco do maior evento da história de Porto Alegre até os dias atuais, a [[Universiade de Verão de 1963]], um evento multidesportivo Mundial, organizado para atletas universitários pela Federação Internacional do Desporto Universitário, disputado a cada dois anos desde [[1959]]. | |||
Apesar de sua inauguração em [[1954]], o Estádio Olímpico manteve obras nas décadas seguintes, visando a conclusão de seu segundo anel e da cobertura. Assim, em 1980, concluiu definitivamente o projeto, sobre a tutela de [[Plínio Oliveira Almeida]], idealizador do projeto em [[1950]]. O arquiteto contou com o auxílio de outros dois profissionais do ramo, os co-autores [[Rogério de Castro Oliveira]] e [[Fabio Boni]]. | |||
Com a conclusão do projeto em [[1980]], o Grêmio venceu o [[Vasco da Gama]], no dia [[21 de junho]] do mesmo ano, pelo [[Festival de Reinauguração do Estádio Olímpico]], gol de [[Baltazar Maria de Morais Júnior|Baltazar]]. Após a reinauguração, o estádio passou a se chamar Estádio Olímpico Monumental. | |||
Em [[2009]] o Estádio Olímpico foi o palco de outra grande façanha do futebol brasileiro. No [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 2009|Campeonato Brasileiro de 2009]] o Grêmio conseguiu o recorde de finalizar a competição de forma invicta. | |||
No ano de [[2012]] a equipe Sub-19 do Grêmio levantaria a última taça da história do estádio, em [[1º de dezembro]], com a conquista invicta da '''Copa da Federação Gaúcha'''. Ainda em [[2012]] foi anunciado que o Gre-Nal pelo [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 2012|Campeonato Brasileiro de 2012]] seria a última partida do Velho Casarão. Contudo, as condições do gramado na nova [[Arena do Grêmio]] impediram que a nova casa fosse utilizada pelas rodadas iniciais do [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 2013|Campeonato Gaúcho de 2013]], o que levou o clube a realizar três partidas no estádio. | |||
Por fim, em [[13 de fevereiro]] de [[2013]], a vitória do Grêmio sobre a equipe do [[Futebol Clube Santa Cruz|Santa Cruz]] por 5x0, pelo [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 2013|Campeonato Gaúcho de 2013]], selava o fim da vitoriosa história do segundo estádio gremista. | |||
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Edição das 16h13min de 13 de setembro de 2015
Informações | ||
Nome | Estádio Olímpico Monumental | |
Apelido | Olímpico, Velho Casarãov | |
Características | ||
Local | Largo Patrono Fernando Kroeff, n.º 1, Bairro Azenha, em Porto Alegre, (RS), Brasil | |
Gramado | Bermuda Green (105m x 68m) | |
Capacidade | 55.400 | |
Construção | ||
Data | 12 de dezembro de 1951 | |
Inauguração | ||
Data | 19 de setembro de 1954 | |
Partida inaugural | Grêmio 2x0 Nacional | |
Primeiro gol | Vitor | |
Partida final | Grêmio 1x0 Veranópolis | |
Último gol | Werley | |
Recordes | ||
Público recorde | 98.471 (85.751 pagantes) | |
Data recorde | 26 de abril de 1981 | |
Partida recorde | Grêmio 0x1 Ponte Preta | |
Informações gerais | ||
Ampliado em | 1980 | |
Fechado em | 2013 | |
Implodido em | Sem data | |
Proprietário | Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense | |
Administrador | Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense | |
Mandante | Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense | |
Arquiteto | Plínio Oliveira Almeida |
O Estádio Olímpico Monumental, também conhecido como Olímpico ou Velho Casarão, é um estádio de futebol, da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foi o segundo estádio do Grêmio, construído de 12 de dezembro de 1951 até o ano de 1954, inaugurado em 19 de setembro de 1954 e ampliado em 1980. Foi à época de sua inauguração considerado o maior estádio privado do Brasil. Com a conclusão da Arena do Grêmio em 2012, foi desativado.
Precedentes
O primeiro estádio do Grêmio foi o Estádio da Baixada, inaugurado em 1904. A Baixada, como era conhecido o campo, foi casa do Grêmio até o início dos anos 50. A profissionalização do futebol e o crescente sucesso do Grêmio reunia cada vez mais torcedores para assistir as partidas do Tricolor, a Baixada se tornava pequena e ampliações não eram possíveis pelo pequeno espaço físico da propriedade gremista.
Assim, em 1950 o Grêmio realizava concurso buscando um projeto para o novo estádio. Duas propostas foram apresentadas, uma do engenheiro Armando Ballista e outra do arquiteto Plínio Oliveira Almeida. Ao final o projeto de Plínio acabou vencedor, mas o arquiteto não pode dar seguimento aos trabalhos no ano de 1953, que foi assumido pelo idealizador do projeto vencido, Ballista. Armando Ballista foi o responsável pela obra, tendo feito alterações no projeto original, visando dar mais conforto ao empreendimento, mas mantendo o desenho arquitetônico do projeto vencedor.
Para viabilizar a obra o Grêmio realizou diversos eventos visando angariar fundos, com participação ativa de sócios e até mesmo sorteio de veículos, raridade na época. A construção do estádio foi apontada como uma das principais causas pelo mau desempenho da equipe gremista nos anos anteriores, uma vez que o futebol havia sido, até certo ponto, deixado de lado, dando atenções prioritárias ao novo campo que estava em construção.
O estádio
Em 19 de setembro de 1954 o Grêmio inaugurava seu novo estádio. O jogo festivo foi contra o Club Nacional de Football, do Uruguai, em jogo extremamente pegado, com ambas as equipes buscando a vitória. A tensão era grande, tando que aos seis minutos do segundo tempo uma briga iniciou após o uruguaio Waldemar Gonzales desferir pontapé em Camacho. A partida inaugural foi interrompida cerca de 10 minutos, antes de prosseguir. Ao final, o Grêmio vencia o adversário uruguaio por 2x0, gols de Vitor aos 20 e 37 minutos, em sua primeira partida no novo estádio.
Após o jogo inaugural o Grêmio realizou um torneio triangular contra as equipes do Internacional e Liverpool, do Uruguai. O primeiro jogo foi vencido pelo Imortal por 4x0, mas o tricolor acabou sofrendo um revés contra o Colorado, perdendo por 6x2. Ao final, o rival ficou com a Taça Relógios Eska, prêmio oferecido ao vencedor do torneio.
A vitória do rival no amistoso poderia presumir que o estádio não teria influência na disputa do clássico daquele momento em diante. Não foi o que ocorreu, o revés no clássico e o título gaúcho do Internacional no ano seguinte marcariam o fim de uma supremacia vermelha que se aproveitou de um período em que o futebol foi deixado em segundo plano para que a construção do Olímpico fosse possível.
De 1956 até 1968 o Grêmio conquistaria 12 dos 13 Campeonatos Gaúchos, se tornando a principal referência do futebol do Sul do Brasil, participando de 90% das edições do Campeonato Brasileiro de Futebol nos anos 60. O sucesso do clube foi atribuído, além da equipe qualificada, ao novo estádio, à época o maior estádio privado do Brasil.
Em 1958 o Olímpico foi palco da primeira final do Grêmio, o título do Campeonato Gaúcho daquele ano. No decorrer dos anos seria o local de outras finais, como as finais da Copa do Brasil de 1989 e 1994, a Copa Libertadores da América de 1983, e o Campeonato Brasileiro de 1996.
No ano de 1963 o Estádio Olímpico foi palco do maior evento da história de Porto Alegre até os dias atuais, a Universiade de Verão de 1963, um evento multidesportivo Mundial, organizado para atletas universitários pela Federação Internacional do Desporto Universitário, disputado a cada dois anos desde 1959.
Apesar de sua inauguração em 1954, o Estádio Olímpico manteve obras nas décadas seguintes, visando a conclusão de seu segundo anel e da cobertura. Assim, em 1980, concluiu definitivamente o projeto, sobre a tutela de Plínio Oliveira Almeida, idealizador do projeto em 1950. O arquiteto contou com o auxílio de outros dois profissionais do ramo, os co-autores Rogério de Castro Oliveira e Fabio Boni.
Com a conclusão do projeto em 1980, o Grêmio venceu o Vasco da Gama, no dia 21 de junho do mesmo ano, pelo Festival de Reinauguração do Estádio Olímpico, gol de Baltazar. Após a reinauguração, o estádio passou a se chamar Estádio Olímpico Monumental.
Em 2009 o Estádio Olímpico foi o palco de outra grande façanha do futebol brasileiro. No Campeonato Brasileiro de 2009 o Grêmio conseguiu o recorde de finalizar a competição de forma invicta.
No ano de 2012 a equipe Sub-19 do Grêmio levantaria a última taça da história do estádio, em 1º de dezembro, com a conquista invicta da Copa da Federação Gaúcha. Ainda em 2012 foi anunciado que o Gre-Nal pelo Campeonato Brasileiro de 2012 seria a última partida do Velho Casarão. Contudo, as condições do gramado na nova Arena do Grêmio impediram que a nova casa fosse utilizada pelas rodadas iniciais do Campeonato Gaúcho de 2013, o que levou o clube a realizar três partidas no estádio.
Por fim, em 13 de fevereiro de 2013, a vitória do Grêmio sobre a equipe do Santa Cruz por 5x0, pelo Campeonato Gaúcho de 2013, selava o fim da vitoriosa história do segundo estádio gremista.