Mundial de Clubes de 1983: mudanças entre as edições

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Edição das 13h32min de 20 de agosto de 2015

No dia 11 de dezembro de 1983 o Mundo inteiro parava para assistir o Campeonato Mundial Interclubes, oficialmente chamado de Copa Intercontinental. Disputada anualmente desde 1960, a competição era considerada a maior de todo planeta e reunia nada mais, nada menos do que os campeões das duas maiores taças, a antiga Copa dos Campeões Europeus (depois chamada de Liga dos Campeões) e a Taça Libertadores da América.

Até a presente data, a Copa Intercontinental havia sido disputada pelos maiores clubes do Mundo, dentre eles Real Madrid, Peñarol, Internazionale Milano, Independiente, Benfica, Milan, Estudiantes, Manchester United, Nacional de Montevideo, Ajax, Juventus, Bayern de Munique, Boca Juniors e Liverpool. Com mais de 20 anos de disputas anuais, o Mundial Interclubes havia sido conquistado por apenas dois brasileiros, Santos (1962-1963) e Flamengo (1981), demonstrando a dificuldade e importância da conquista.

Pré-jogo

Os finalistas de 83 não eram quaisquer clubes, o europeu e favorito, Hamburgo, oficialmente chamado Hamburger Sport-Verein e. V., era a nova sensação da Europa. O clube da Alemanha Ocidental (na época da divisão do país devido a Segunda Guerra Mundial) era o então hexacampeão nacional, sendo, assim como seu rival na disputa, o terceiro clube do país a chegar na Intercontinental.

Equipe do Hamburgo, campeã da Liga dos Campeões sobre a Juventus

Os alemães iniciaram o ano de 1983 com o prestígio do título nacional do ano anterior e um vasto elenco recheado de estrelas. Venceu a Liga dos Campeões com apenas uma derrota para o Dinamo Kiev, dois empates e seis vitórias, somando 16 gols pró e 5 contra. Desbancou o gigante clube italiano do Juventus, 20 vezes campeão da Itália, em 25 de maio de 1983 no estádio Olímpico de Atenas, sendo este o maior jogo da temporada européia, com o enfrentamento das duas maiores forças do futebol de então. Não bastando, a equipe do Hamburgo ainda era a base da Seleção Alemã Ocidental, vice-campeã da Copa do Mundo da Espanha de 1982, perdendo a final para a Itália de Paolo Rossi e Dino Zoff.

O adversário do clube alemão era a tradicional equipe brasileira do Grêmio, oficialmente chamado de Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. O clube criado no ano de 1903 fazia exatos 80 anos na temporada em questão, nunca havia disputado um Mundial, mas já era conhecido na América por desbancar nada menos que o gigante Peñarol de Montevideo, além de conquistar um campeonato brasileiro em 1981 e ser vice no nacional de 82, perdendo a final para o Flamengo de Zico, com um lance polêmico.

Fábio Koff, com a Taça da Toyota Cup, conquistada no mesmo jogo ganhou a Taça Intercontinental

Na verdade o Grêmio não era só isso, mas isso era o máximo que a arrogância alemã se permitiria conhecer. No pouco que se pode resumir, era uma equipe que ganhou o primeiro jogo disputado, conquistando, na mesma partida, seu primeiro título; venceu a tradicional Seleção do Uruguai com pouco mais de 10 anos; foi o primeiro clube não argentino do Mundo a vencer o Boca Juniors na lendária Bombonera; venceu a Seleção Argentina; fez campanhas grandiosas na Europa (inclusive Alemanha) entre outras façanhas.

Apesar da grandiosidade, o clube que viria a ser chamado de Imortal não estava em Tóquio por acaso. O resultado era apenas a consequência de um belo trabalho que iniciou em uma das piores épocas da história do clube, os anos 70. Na década negra da história gremista, o clube sofreu pela falta de títulos e por derrotas para o maior rival, o Sport Club Internacional. Foi então que o grande presidente Hélio Volkmer Dourado chegou ao clube com o objetivo de retomar a hegemonia do estado do Rio Grande do Sul, fez equipes de qualidade que fizeram da década anterior apenas uma lembrança, retomou a liderança do futebol estadual e possibilitou ao Tricolor Gaúcho sonhar com vôos mais altos. Os times de qualidade de Hélio Dourado levaram o Grêmio ao maior título até então, o Campeonato Brasileiro de 1981, contra a forte equipe do São Paulo.

No ano de 1982, assumiu a presidência do clube o grande Dr. Fábio André Koff, figura que atualmente está eternizada na história gremista como um dos responsáveis pelas maiores glórias do nosso futebol. Foi então que as pretensões de ser o maior do estado deram lugar a ambição de conquistar o bicampeonato nacional e o continente americano. Ainda no mesmo ano o Imortal chegava a final do Brasileirão contra o Flamengo de Zico, um dos maiores clubes da época e então Campeão Mundial de Clubes, o título roubado não veio, roubado, pois na final que daria o título aos gaúchos não tiveram pênalti marcado para si apesar de uma bola tirada com a mão pelo jogador Andrade de dentro da goleira flamenguista.

Mesmo depois da vergonha e decepção de 82, o Grêmio chegou à final da Taça Libertadores da América no ano seguinte contra o poderoso Peñarol (Tricampeão Mundial de Clubes, Tetracampeão da Libertadores e 36 vezes campeão nacional). Com muita garra, amor a camisa e qualidade, o Imortal venceu os uruguaios e foi rumo a maior competição da época como se fosse ser apenas coadjuvante. Mesmo depois de todas as façanhas conquistadas, não se acreditava nos gaúchos, não se conhecia os gaúchos, não se imaginava do que seriam capazes os gaúchos.

O Mundial

Entrada em campo para a final do Mundial

Chegava então o grande dia, de um lado o badalado Hamburgo, de Ernst Happel, com 48 jogos de invencibilidade (34 vitórias e 14 empates), que, mesmo com a falta de Dieter Schatzschneider (estrela da equipe), era uma seleção; do outro o Grêmio de Mazarópi, De León, Renato Portaluppi, Valdir Espinosa e Tarciso, que vinha, modestamente, em busca de um sonho, ao qual se preparava a exatos 4 meses.

Antes da partida os gremistas até tentaram algum gesto de cortesia para com os alemães, mas, segundo relatos, foram friamente ignorados e, até certo ponto, ofendidos. Cita-se como exemplo a tentativa de aperto de mão que o técnico Valdir Espinosa tentou dar no técnico do Hamburgo, Ernst Happel, que arrogantemente ignorou, em uma demonstração de extrema grosseria e rivalidade.

Era assim o clima do jogo, o lado azul celeste tratando como rivais e o lado azul anil tratando como inimigo. Dentro de campo é que se saberia quem era o melhor, mesmo que fora dele os europeus já tivessem conquistado a "Taça da Prepotência".

Então, ao meio dia de Tóquio e meia noite do Rio Grande do Sul, Michel Vautrot, árbitro francês da partida, soou o apito pela primeira vez no estádio Nacional. Com mais de 2 bilhões de espectadores, uma torcida dividida meio a meio e os dois maiores clubes do Mundo no ano em campo, a emoção e a certeza de um grande jogo estava garantida.

Primeiro tempo

Mário Sérgio combatendo jogador alemão

O Hamburgo começou com a bola e dominou o início de jogo, do lado gremista muito nervosismo e erros de passes. Os alemães controlavam o meio campo e com frieza tentavam o ataque, parando na boa defesa sul-americana.

Primeiro gol do Grêmio

Com a partida disputada e com poucas chances, os europeus somente conseguiram chegar com perigo aos 20 minutos de jogo. Magath cruzou para Hansen que entrava na área, mas, imponente, De León se antecipou com um carrinho, tirando a bola do alemão que vinha chegando, na sobra, Mazaropi fez a defesa.

Só dava Hamburgo e, aos 24 minutos, Hansen atacou novamente, entrou dentro da área gremista pela direita, mas foi bloqueado pela zaga, na sobra, Wuttke tentou o gol, mas a bola foi para a linha de fundo.

O Grêmio sofria a pressão e só conseguiu chegar forte aos 31 minutos de jogo. Renato Portallupi foi lançado pela direita, foi à linha de fundo e cruzou para a área do adversário que mandou para escanteio. Na cobrança, Mário Sérgio quase fez gol olímpico, mas o goleiro Stein conseguiu tirar.

Seis minutos depois, Paulo César Lima cobrou escanteio que foi afastado pela zaga alemã, na sobra, Mário Sérgio chutou de primeira, mas a bola saiu muito alta. O Grêmio havia se encontrado, já não era mais o nervoso da partida, tomava a iniciativa e prenunciava que sua superioridade resultaria em gol.

Aos 38 minutos o Hamburgo tentou o ataque, mas parou em Paulo Roberto, rápido, o gremista mandou para Paulo César Lima que lançou para Renato na direita, Portallupi foi até a linha de fundo em velocidade, dentro da área, ameaçou o cruzamento, tirou o marcador e, praticamente sem ângulo, mandou uma bomba no canto. A redonda passou entre o goleiro Stein e a trave, em um espaço que somente seria possível passar uma bola, a bola de Renato, a bola do Imortal. Grêmio 1x0 Hamburgo.

Depois do gol os europeus buscaram o ataque e quase conseguiram empatar nos minutos finais. Em cobrança de falta de Rolf na entrada da área, Magath mandou rasteiro, obrigando o goleiro gremista a uma difícil defesa. Apesar do susto, os tricolores foram para o vestiário com o resultado a seu favor e uma legião de fiéis rezando para um segundo tempo tão perfeito quanto terminou o primeiro.


Segundo tempo

Caju disputando a bola

No início da segunda etapa o Grêmio continuou com o ritmo de antes do intervalo. Logo aos 2 minutos teve a primeira chance de ampliar, Mário Sérgio cruzou para o campo de defesa alemão e Paulo César Magalhães, livre, dominou e chutou sem ângulo, mas, no último instante, a zaga adversária conseguiu interceptar o lance.

Aos 7 minutos o Imortal atacou de novo, Osvaldo armou um contra-ataque com Tarciso que desceu pela direita, entrou livre na área e, na hora da conclusão, o zagueiro do Hamburgo se meteu na jogada mandando para escanteio. Quatro minutos depois um lance escandaloso, Baidek lançou Renato que partiu para o ataque, entrou na área e, na hora de deixar o marcador para trás, foi derrubado. O árbitro francês Michael Vautrot não marcou o pênalti claro, poderia ter custado o título para nós.

Os europeus tinham o domínio do meio campo, mas não conseguiam transformar a posse de bola em chances de gol, somente aos 27 minutos é que o adversário conseguiu chegar perigosamente. Magath cruzou da esquerda para o zagueiro Jakobs que cabeceou contra a meta de Mazaropi, que fez grande defesa.

Mais ofensivo, o Grêmio assustou novamente aos 35 minutos, Caio atacou pela esquerda e, sem marcação, arriscou o arremate obrigado Stein a uma difícil defesa. Logo depois Caio, novamente, recebeu de Paulo Roberto e cabeceou para outra defesa do goleiro alemão.

Aos 40 minutos o jogo já pegava fogo, a tensão era extrema. Foi então que Bonamigo tocou na bola e o juiz marcou falta, na cobrança Magath levantou para Jakobs que cabeceou para a pequena área onde estava Schröder que dominou e estufou as rede gremista empatando o jogo. Na garra o Imortal ainda tentou reverter o placar, mas o jogo acabou igual, levando a disputa para a prorrogação.

Prorrogação

Renato no lance do segundo gol

O Grêmio voltou fulminante para o primeiro tempo da prorrogação. Logo aos 3 minutos Caio cruzou da esquerda e Tarciso mandou para a estrela do time, Renato Portaluppi, que tirou de Schröder e chutou rasteiro, de canhota, no canto esquerdo de Stein. Grêmio 2x1 Hamburgo.

De León com a Taça do Mundial

Depois, minutos após o gol gremista, os europeus quase empataram. Em um escanteio cobrado por Magath, Renato tentou afastar a bola de cabeça, mas ela acabou batendo em China que quase fez gol contra. No final da primeira prorrogação, Hansen recebeu dentro da área e, de costas para Mazaropi, tentou finalizar, a defesa tirou e, na sobra, Jakobs chutou contra o gol gremista, para mais uma boa defesa do arqueiro do Tricolor Gaúcho.

Depois de tentar uma pressão, o Hamburgo ficou abatido, não conseguia se livrar da retranca gaúcha, que só esperava o fim do jogo para gritar "É campeão do MUNDO!". No segundo tempo da prorrogação o Grêmio era quem parecia estar perdendo, tomava a iniciativa e quase conseguiu ampliar com Caio, até que, sublimemente, Michel Vautrot apitou o fim de jogo, coroando o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense como o novo CAMPEÃO MUNDIAL.

Não só no Japão, onde milhares de torcedores reverenciaram o Imortal, mas também os 2 bilhões de corações que viam o jogo sabiam que o campeão era justo, jogamos melhor, com mais amor. O Grêmio conquistava uma legião de seguidores, que fariam seu nome conhecido em todo Planeta.


Ficha técnica

11 de dezembro de 1983

Brasil Grêmio
Renato Gol marcado aos 37 minutos de jogo 37' , Gol marcado aos 93 minutos de jogo 93'
2 – 1 (1 – 0 Pro) Hamburgo Alemanha
Schröder Gol marcado aos 85 minutos de jogo 85'
Estádio Nacional , Tóquio, Japão
Público: 62.000
Árbitro: França Michel Vautrot
Assistente 1: Japão Toshikazu Sano
Assistente 2: Japão Shizuhasu Nakamichi
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Grêmio
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Hamburgo
GRÊMIO (4-3-3):
G 1 Brasil Mazarópi Penalizado com cartão amarelo
LD 2 Brasil Paulo Roberto
Z 4 Brasil Baidek
Z 6 Uruguai De León Penalizado com cartão amarelo
LE 3 Brasil P.C Magalhães
V 5 Brasil China
V 8 Brasil Osvaldo Substituído após 78 minutos de jogo 78'
M 11 Brasil Mário Sérgio
A 7 Brasil Renato Gaúcho Penalizado com cartão amarelo
A 9 Brasil Tarciso
A 10 Brasil Paulo César Lima Substituído após 70 minutos de jogo 70'
Substituições:
A Brasil Caio Penalizado com cartão amarelo Entrou em campo após 70 minutos 70'
M Brasil Paulo Bonamigo Entrou em campo após 78 minutos 78'
Técnico:
Brasil Valdir Espinosa
HAMBURGO (4-4-2):
G 1 Alemanha Stein Penalizado com cartão amarelo
LD 3 Alemanha Wehemeyer
Z 5 Alemanha Hieronymus
Z 4 Alemanha Jakobs
LE 2 Alemanha Schröder
M 6 Alemanha Hartwig
V 8 Alemanha Groh
M 10 Alemanha Magath
M 11 Alemanha Rolff
A 9 Dinamarca Hansen
A 7 Alemanha Wuttke
Substituições:
G Alemanha Hain Penalizado com cartão amarelo
Z Alemanha Brefort
M Alemanha Von Heesen
Técnico:
Áustria Ernst Happel