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== História == | == História == |
Edição das 16h44min de 6 de fevereiro de 2019
Black | |||
Georg Black | |||
Informações pessoais | |||
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Nome completo | Georg Michaelis Black | ||
Local de nasc. | Munique, Alemanha | ||
Nacionalidade | |||
Falecido em | 15 de maio de 1949 (72 anos) | ||
Local da morte | Porto Alegre , Brasil | ||
Apelido | Jorge Black, George Black, O Velho | ||
Informações profissionais | |||
Posição | Meio-campo | ||
Números no Grêmio como Jogador | |||
Jogos | Gols | Média | |
13 | 0 | 0 | |
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Clubes profissionais | |||
Anos | Clubes | ||
1902 1904–1910 |
SC Germania Hamburg Grêmio |
Georg Black (Munique-ALE, 24 de abril de 1877 — Porto Alegre-RS, 15 de maio de 1949), também conhecido como Jorge Black ou George Black, foi um desportista alemão, reconhecido em diversos esportes que praticou. Atuou no Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense nos seus primórdios, de 1904 até 1910, sendo um dos primeiros grandes nomes da história antiga do clube.
História
Georg Black nasceu na cidade de Munique, na Alemanha, no dia 24 de abril de 1877. Em 1892, ingressou na Turn-Gemeinde München (Sociedade de Ginástica de Munique) como aprendiz e, dois anos depois se tornou membro efetivo. Após receber o título de mestre em 1896, passou a dirigir o grupo dos novatos até ser chamado para prestar o serviço militar. Durante este período formou-se professor de ginástica alemã na Königlich Bayerische ZentralTurnlehrer-Bildungsanstalt (Estabelecimento Educacional Central para Instrutores de Ginástica da Bavária Real). Após a conclusão do curso voltou a trabalhar na barbearia do pai e em seguida, no ano de 1899 casou-se com Magdalena Nusser. A difícil situação econômica na Alemanha no início do século XX, como também por não desejar trabalhar na barbearia de seu pai, levou Georg Black e sua esposa a unirem-se a um grupo de imigrantes que tentaria melhores condições de vida no Brasil.[1]
Chegou ao Brasil em outubro de 1902 com destino a Porto Alegre e tratou de manter a disposição em solo gaúcho. Propagando ginástica, escotismo, ciclismo, entre outras práticas esportivas, em diversas escolas e clubes de Porto Alegre e São Leopoldo, acabou como o "pai da Educação Física" no Rio Grande do Sul. Entre 1904 e 1910 defendeu o Grêmio atuando no meio-campo, chamado de center-half na época. Fundou até um clube de futebol, o Frisch Auf, clube ligado ao Turnerbund, onde Black já era professor. Anos depois esse clube se tornou a atual SOGIPA.[2]
Georg Black continuou atuando em várias atividades ligadas ao esporte e a educação física até 1937, quando precisou se afastar em razão de ter sofrido um acidente ferroviário, em São Leopoldo, que provocou a amputação de uma de suas pernas. Seu posto na Turnerbund, após 32 anos, foi ocupado pelo filho Karl Black. Seus netos e bisnetos continuaram o legado da família, consolidando o sobrenome Black na educação física porto-alegrense.[1]
Faleceu em 15 de maio de 1949, aos 72 anos. Hoje, o grupo de escoteiros da SOGIPA leva o seu nome.[3]
Grêmio
Como jogador atuou no primeiro jogo da história do Grêmio vencendo a primeira edição do Troféu Wanderpreis em 1904. Foi um dos principais jogadores naquela época, atuando em todas as partidas do primeiro quadro do clube até 1908. Quando adoeceu e ficou de fora pela primeira vez de uma partida, no Troféu Wanderpreis de 1908, o Grêmio perdeu, tamanho a sua importância para a equipe. Em 1909 participou de dois grandes confrontos da primeira década gremista, o primeiro jogo intermunicipal contra o Rio Grande e o primeiro clássico Grenal. Acabou atuando pela última vez no Jogo das Medalhas, encerrando com honradez sua carreira no Grêmio.
O pesquisador e jornalista Laert Lopes encontrou sete jogos (nota da Gremiopédia: foram treze jogos) de Black no Grêmio. E nenhum gol. Mesmo assim, está na conta desse alemão multiesportista o primeiro gol de cabeça do estado, talvez do Brasil. Talvez auxiliado por sua vocação como ginasta, saltou léguas acima de dois zagueiros rivais e... gol! O jogo parou, o árbitro não sabia o que fazer, se validava ou não o tento. Na verdade, ninguém sabe se o gol valeu, naquele época de futebol sem redes nem rádio, nem pay-per-view. A história é contada pelo jornalista Ruy Carlos Ostermann, no livro Até a Pé Nós Iremos, que não relata o ano do feito, embora acredita ter sido uma partida contra o segundo time do próprio Grêmio.[2]
Títulos
- Grêmio
Todos os jogos do meio-campo Georg Black com a camisa do Grêmio
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Janice Zarpellon Mazo, Vanessa Bellani Lyra. Nos rastros da memória de um “Mestre de Ginástica”. Visitado em 22 de março de 2018.
- ↑ 2,0 2,1 Lucas Rizzatti. Grêmio 110 anos: da origem do hino ao uniforme, enigmas forjam história. Visitado em 29 de novembro de 2017.
- ↑ sogipa.com.br. Escoteiros. Visitado em 22 de março de 2018.