Arílson de Paula Nunes: mudanças entre as edições

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Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Técnico: [[Luiz Felipe Scolari|Luiz Felipe Scolari]].


* Último jogo pelo Grêmio em 1997
* Último jogo pelo Grêmio em 1997

Edição das 03h04min de 2 de março de 2017

PAULO NUNES
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Informações pessoais
Nome Completo Arílson de Paula Nunes
Nascimento 30 de outubro de 1971
Local de nasc. Pontalina, Goiás GO, Brasil
Altura 1,74 metros
Destro
Apelido Paulo Bala, Diabo Loiro
Dados adicionais
Clube atual Ex-atleta
Posição Atacante
Clubes de juventude
Anos Clubes
19891990 Brasil Flamengo
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos Gols
19901994 Brasil Flamengo 149 (31)
19951997 Brasil Grêmio ? (?)
19971997 Portugal Benfica 8 (2)
19981999 Brasil Palmeiras 133 (60)
2000-2000 Brasil Grêmio 18 (3)
2001-2001 Brasil Corinthians 25 (4)
2002-2002 Brasil Gama 12 (1)
2002-2003 Não definido Al-Nassr 1 (0)
2003-2003 Brasil Mogi Mirim 5 (0)
Seleção nacional
Anos Seleção Jogos Gols
19871987 Brasil Brasil U17 3 (0)
19911991 Brasil Brasil U20 6 (2)
19971997 Brasil Brasil 2 (0)

Arílson de Paula Nunes, também conhecido como Paulo Nunes (Pontalina-GO, 30 de outubro de 1971), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como Atacante. Iniciou sua carreira nas categorias de base do Flamengo, onde foi promovido aos profissionais em 1990. Foi contratado pelo Grêmio em 1995, onde se tornou um dos grandes jogadores da história tricolor tendo participado das conquistas da Copa Libertadores da América de 1995, Campeonato Brasileiro de 1996, Recopa Sul-Americana de 1996 e Copa do Brasil de 1997. É dos grandes nomes do futebol brasileiro da década de 90. O Diabo Loiro, ídolo no Grêmio e no Palmeiras, onde conquistou uma Libertadores por cada clube, sob comando do glorioso Luiz Felipe Scolari. Legítimo camisa 7, além de saber servir um centroavante como ninguém, também fazia muitos gols.

Carreira

Flamengo

Paulo Nunes ganhou destaque na Gávea no ano de 1990, com 19 anos, após conquistar a Copa São Paulo de Futebol Júnior com o time sub-20 do Flamengo, subiu aos profissionais. Porém nesse ano disputou apenas uma partida pelo rubro negro, na derrota por 3x1 para o Argentinos Juniors na Copa Libertadores. No ano seguinte, com apenas 20 anos, já fazia parte do 11 incial com muita frequência. Contabilizou 44 partidas, marcando apenas 7 gols. Sob comando de Luxemburgo, o Flamengo foi campeão estadual de 1991. Em 1992, Paulo Nunes já se firmava como titular do Flamengo. Jogando ao lado de nomes como Djalminha, Marcelinho, Zinho e Sávio, o Flamengo levou apenas a Supercopa do Brasil. Nesse ano Paulo Nunes aumentou sua média de gols, marcando 16. No ano seguinte fez 8, e em 1994, no último ano no Rio de Janeiro contabilizou apenas três. Com 23 anos, acabou perdendo posição no time, e acabou ficando de fora do grupo que faria parte do centenário flamenguista em 1995.

Grêmio

Chegou ao Grêmio como moeda de troca em 1995. O Grêmio enviou ao Flamengo o zagueiro Agnaldo e o volante Pingo, peças importantes no bicampeonato da Copa do Brasil em 1994 e recebia em troca além de Paulo Nunes, o centroavante Magno. O Grêmio havia reformulado seu plantel da última temporada. Arce, Rivarola, Adilson, Dinho, Goiano e Paulo Nunes chegavam para entrar pra história. Especialmente Paulo Nunes, que junto com Jardel formava uma das maiores duplas de ataque da história do clube. Comandaram o bicampeonato da Copa Libertadores, com: Danrlei; Francisco Arce, Adílson Batista, Catalino Rivarola e Roger Machado; Dinho, Luís Carlos Goiano, Carlos Miguel e Arílson; Paulo Nunes e Mário Jardel. Além da Libertadores, Paulo Nunes ajudou o Grêmio na conquista do Gauchão de 1995. Em 96, além do bicampeoanto Gaúcho e da Recopa Sul-Americana, Paulo Nunes esteve presente na conquista do Campeonato Brasileiro de 1996, inclusive sendo artilheiro da competição com 16 gols. Sua ótima performance no Brasileirão rendeu uma Bola de Prata de Revista Placar, único prêmio deste tipo na carreira de Paulo Nunes. Jardel havia saído do Grêmio em 1996, deixando a condição de estrela do time para Paulo Nunes. 1997 foi o ano de faturar a Copa do Brasil pelo Grêmio, e junto, Paulo Nunes conquistou a artilharia da competição com 9 gols. Seu excelente desempenho no Grêmio trouxe o interesse de vários clubes, depois de resistir ao assédio da Parmalat, o Benfica de Portugal chegou com uma proposta irrecusável, levando o atleta para jogar na Europa.

  • Estreia no Grêmio em 1995

14.02.1995 - Desportiva Ferroviária 0 x 1 Grêmio - Estádio Engenheiro Araripe, Copa do Brasil - GFBPA: Danrlei; André Vieira, Luciano Dias, Adílson Batista e Roger Machado; Dinho, Luís Carlos Goiano, Carlos Miguel e Vagner Mancini (Paulo Nunes); Magno (Emerson) e Mário Jardel. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

  • Último jogo pelo Grêmio em 1997

09.07.1997 - Goiás 6 x 0 Grêmio - Estádio Serra Dourada, Campeonato Brasileiro - GFBPA: Murilo; Ricardo Cruz, André Santos, Djair e Roger Machado; Otacílio, Luís Carlos Goiano, Élton Corrêa (Éder Gaúcho) e Gilmar (Rodrigo Gral); Paulo Nunes e Zé Alcino. Técnico: Evaristo de Macedo.

Benfica

Em 1997, Paulo Nunes foi vendido ao Benfica por US$ 10.000.000,00, que ficou marcada como a transferência mais cara do futebol gaúcho até aquela data. Chegando a Portugal, Paulo Nunes encontrou os ex-companheiros Jardel no Porto e Carlos Miguel, que vestia a camisa do Sporting Lisboa. No Benfica teve a companhia do também atacante brasileiro Donizete Pantera, que assim como Paulo Nunes não durou muito. Ambos se desentenderam com o meia João Pinto, espécie de dono do time na época. "Só porque fiz muitos gols logo de cara, ele passou a dizer que eu era muito estrela, a laranja podre que ia estragar as outras laranjas." disse contra Pinto. Paulo Nunes chegou muito pressionado. Depois do sucesso estrondoso de Jardel, era esperado que Paulo fosse o novo matador. Ele fazia seus gols, porém não como Jardel, que foi artilheiro de todos os Campeonatos Portugueses em que disputou. Após sofrer uma artroscopia no joelho e ainda amargar a reserva durante um tempo, ele viu sua volta ao Brasil como necessária. Sendo assim, em menos de seis meses na Europa, ele acertou sua volta ao Brasil para defender o Palmeiras de Felipão.

Palmeiras

Em dezembro de 1997 a Parmalat, patrocinadora do Palmeiras na época, adquiriu o passe do atacante do Benfica por US$ 6.000.000,00. No Palmeiras marcou época, fazendo parte do melhor time do Palmeiras. Logo na chegada, conquistou pela segunda vez consecutiva a Copa do Brasil, além da inédita Copa Mercosul. Recuperou o bom futebol, e ganhou fama, além do ótimo desempenho, pelas comemorações extravagantes provocando os rivais. Em 1999, novamente conquistou a Copa Libertadores, caiu nas graças da torcida. Sob comando de Felipão tudo ia bem no Parque Antártica, apenas um desastre abalaria o ótimo ambiente criado pelo time campeão. A viagem ao Japão em dezembro, culminou com o fim do ciclo de Paulo Nunes no Palmeiras. O esperado, era uma vitória em território asiático, apesar do sempre favorito europeu, a torcida estava confiante na vitória da "Academia" alviverde contra o Manchester United. Porém devido a uma falha do goleiro Marcos, os palmeirenses voltaram apenas com uma medalha de prata. Paulo Nunes foi um dos acusados de falta de dedicação dentro de campo. Acabou sendo vendido para o Grêmio.

Grêmio

Em 2000, junto com a parceira ISL, o Grêmio recontrata Paulo Nunes por US$ 8.000.000,00, e salários de R$ 200.000,00 mensais em um contrato de 2 anos. Era iniciada a segunda passagem do ídolo pelo Grêmio. Em vista ao seu desgaste no Palmeiras, Paulo Nunes foi visto como o nome ideal para trazer os títulos de volta ao Grêmio. A nova direção gremista, comandada por José Alberto Guerreiro e Antônio Vicente Martins, assumiu o clube com sérios problemas financeiros e um elenco fraco, diferente do recebido pelo ex-presidente Cacalo, que assumiu em 1997. No final do século, apareceu a chance de ouro nos olhos dos dirigentes. Uma parceira disposta a investir mais de R$ 500 milhões no clube. O primeiro nome de peso a ser procurado, foi Paulo Nunes. "O Olímpico vai tremer novamente." disse o atacante na sua chegada. E realmente tremeu. Mas foi de raiva. O primeiro semestre foi sofrivel, sob comando de Émerson Leão, Paulo Nunes começou no banco por não estar nas condições ideais. Viu Jé começar a pré-temporada entre os 11 titulares. Eliminado na Sul-Minas, seguido de um vexame no Gauchão, perdendo a final para o Caxias, e outro vexame mais vergonhoso ainda, a eliminação na Copa do Brasil, por 4x1 em pleno Estádio Olímpico para a Portuguesa, derrubou Leão e Antônio Lopes, e os gremistas tiveram de aceitar a volta de Celso Roth, que começava a merecer a alcunha de "bombeiro". Paulo Nunes abriu a boca e reclamou por estar jogando como não gostava. Roth tirou ele do meio de campo e o colocou na sua posição clássica. Não adiantou, com apenas dois gols marcados em um ano, Paulo Nunes saiu pela porta dos fundos, deixando um buraco nos cofres gremistas. Foram R$ 2,4 milhões em salários, além da dívida com o Palmeiras, que foi paga apenas em 2009, com a ida do zagueiro Léo para o clube paulista. Faixas como "Fora Paulo Nunes", pedindo a saída do ídolo que brilhou no Bi da América, tornaram-se comuns no Olímpico, mostrando o enorme descontentamento da torcida gremista com o jogador na sua segunda passagem pelo Grêmio.

  • Estreia no Grêmio em 2000

31.01.2000 - Paraná 2 x 1 Grêmio - Complexo Poliesportivo Pinheirão, Copa Sul-Minas - GFBPA: Danrlei; Itaqui (Alex Xavier), Marinho, Nenê e Roger Machado; Fabinho (Sandro Gaúcho), Pansera, Paulo César Tinga (Guilherme Weisheimer) e Zinho; Paulo Nunes e Magrão. Técnico: Emerson Leão.

  • Último jogo pelo Grêmio em 2000

17.12.2000 - Grêmio 1 x 3 São Caetano - Estádio Olímpico, Campeonato Brasileiro - GFBPA: Danrlei; Ânderson Lima, Marinho, Nenê e Patrício; Anderson Polga, Gavião (Eduardo Costa), Itaqui (Paulo Nunes) e Zinho; Ronaldinho e Warley (Rodrigo Mendes). Técnico: Celso Roth.

Corinthians

Em 22 de janeiro de 2001, Paulo Nunes criou polêmica ao acertar com o Corinthians. Como pagamento, o Corinthians emprestou ao Grêmio, o atacante Luiz Mário, e perdoou a dívida referente a venda do zagueiro Nenê, valor avaliado em US$ 750.000,00. Contratação feita exclusivamente pelo presidente Alberto Dualib, que queria um nome para balançar o futebol paulista. "Dualib recebeu a oferta de dirigentes gremistas loucos para se livrar de Nunes e, sem perguntar a ninguém, mandou contratá-lo." estampou o Folha de SP em Janeiro de 2001. Paulo Nunes teve apresentação de craque, apesar do contrato de risco que lhe garantia como salário apenas a metade do que recebia no Grêmio. Recebido por cerca de 150 corinthianos, ouviu da torcida: "Paulo Nunes, preste atenção. Muito respeito com a camisa do Timão.", nitidamente assustado Paulo Nunes não escondeu que era bastante perseguido pela Gaviões da Fiel. A polêmica de Paulo Nunes com a torcida corinthiana teve seu ápice no Campeonato Paulista de 1999, quando ele provocou os torcedores se referindo a Edílson - fiquem com esse paulistinha aí - além de ter colocado a faixa de Campeão da Libertadores após a partida contra o Corinthians. Para amenizar a perseguição, ele admitiu aos corinthianos que não era palmeirense. Ao passar do ano, as coisas tornarão-se assustadoras para o lado de Paulo Nunes. Com o rendimento sofrível, as vaias tomaram proporções enormes. Em Julho, ele chegou a receber ameaças de morte. O "jogador de impacto" como foi descrito pelo então vice-presidente corinthiano Roque Citadini, acabou decepcionando outra vez, e no final do ano acertou sua saída, aumentando os rumores de sua possível aposentadoria, com apenas 30 anos de idade.

Gama

Em 2002, após ficar mais de seis meses parado depois do litígio com o Corinthians, Paulo Nunes foi contratado pelo Gama. Formando dupla de ataque com Dimba, ele disputou o Campeonato Brasiliense, e era pra ser um dos principais nomes do clube no Campeonato Brasileiro da Série A. Porém recebeu uma proposta do futebol árabe e deixou o clube após disputar apenas 12 partidas, assinando com o Al-Nassr.

Al-Nassr

De 2002 a 2003 esteve no Al-Nassr da Arábia Saudita, mas poucas informações se tem de sua estadia por lá, que foi breve.

Mogi Mirim

Após ganhar um bom dinheiro na Arábia, Paulo Nunes voltou ao Brasil em 2003 para encerrar a carreira pelo Mogi Mirim. Disputou o Campeonato Paulista pelo clube, mas não permanceu para a disputa da Série B devido ao alto salário pedido. Assim encerrou sua vitoriosa carreira.

Seleção Brasileira

Antes de ter sua saída do Grêmio anunciada em Julho de 1997, Paulo Nunes foi convocado por Zagallo para a Copa América na Bolívia, na qual o Brasil foi campeão, além do Torneio da França, disputado entre as quatro maiores seleções, que no ano seguinte estariam na Copa do Mundo. Paulo Nunes mal atuou. Isso gerou polêmica entre os gremistas, que perderam seu principal jogador para a Seleção durante a fase final da Copa Libertadores. O Grêmio acabou eliminado.

Data Competição Local   Placar Adversário Gols Ref.
1
3 de junho de 1997 Torneio da França Lyon (França) Brasil Brasil
1 – 1
França França
0
[1]
2
29 de junho de 1997 Copa América La Paz (Bolívia) Brasil Brasil
3 – 1
Bolívia Bolívia
0
[2]

Títulos

Principais títulos

Outros títulos

Campanhas de destaque

Prêmios individuais

Artilharias

Referências

  1. br.sambafoot.com: França – Brasil
  2. br.sambafoot.com: Bolívia – Brasil