Predefinição:História Estádio da Baixada
História
Com a fundação do Grêmio em 1903, se tornou necessária a construção de um local para abrigar os jogos do clube. Como a primeira partida do Imortal ocorreu apenas em 1904, a busca por um local acabou sendo adiada para o presente ano.
No início de 1904 o Grêmio não possuía estádio, os treinos eram realizados na várzea do Rio Gravataí, na várzea da Redenção, no Morro da Polícia e no bairro Floresta, e os dois primeiros jogos aconteceram no campo do Fussball, no Velódromo da Blitz. Ainda no mesmo ano, a União Velocipédica ofereceu seu campo e o Grêmio utilizou o local para uma partida entre seus sócios, e a partir dali, fixou como sede de treinamentos até a aquisição de uma sede própria. Visando isso, o clube adquiriu por dez contos de réis uma área de terras que havia sido de propriedade de Laura Mostardeiro. O local era conhecido como Schützenverein Platz, no Bairro Moinhos de Vento, ao lado do que hoje é o Parcão em Porto Alegre.[1]
O terreno, localizado em frente a Sociedade dos Atiradores Alemães, foi adquirido por meio de empréstimo do sócio e jogador Henrique Augusto Koch junto a Waldemar Bromberg. Na época foi criada uma comissão encarregada de verificar o terreno, composta pelos dos primeiros presidentes do clube, Carlos Luiz Bohrer e Oswaldo Siebel. O terreno foi terraplanado com a ajuda da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e foram plantados plátanos nos arredores do estádio.
O terreno ocupado, situava-se, segundo a descrição da época, à Rua Mostardeiro, freguesia de Nossa Senhora da Conceição, desta cidade, medindo 131,20 metros ao norte e oitenta e oito metros ao fundo, fazendo no fundos, ao sul, também frente à Rua Dona Laura, dividindo-se pelo leste com a projetada rua que corre na divisa da chácara dos Atiradores Alemães e pelo oeste com o terreno de José Gertum e de dona Maria do Carmo de Almeida[2].
A inauguração do estádio ocorreu em 14 de agosto de 1904, em uma partida entre os quadros do Grêmio. Os quadros do Fussball também participaram da inauguração, atuando logo após o primeiro confronto.
O jogo
Partida inaugural 14 de agosto de 1904 15:00 |
Grêmio A | ' Relatório |
Grêmio B | Estádio da Baixada, Porto Alegre-RS, BRA Árbitro: BRA Oswaldo Siebel Assistente 1: BRA Alberto Luís Siebel Assistente 2: AUT Jacob Malter |
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Em 18 de julho de 1909 o Fortim da Baixada foi o palco do primeiro Grenal na história do clássico. O jogo que acabou 10x0 para o Grêmio contra o Internacional, contou com a presença de 2000 pessoas. O placar de 10x0 é até hoje o maior score do clássico.
No ano de 1910 houve o cercamento da Baixada com arame farpado, o que permitiu ao clube a cobrança de ingressos. Em 1911 o clube foi obrigado a adquirir mais uma área de terras para comportar o numero de associados que crescia, adquirindo-o por dez contos de réis. No ano de 1912 o Grêmio inaugurou seu primeiro pavilhão, com capacidade para 600 pessoas, descrito no livro Até a Pé Nós Iremos, de Ruy Carlos Ostermann, como:
- uma construção de madeira, simples, mas de bom gosto. Serviu para abrigar sócios e convidados. Os demais (...) se acomodavam ao redor do campo em cadeiras, entre as árvores, nos barrancos, ou no interior dos primeiros carros com motor de explosão que podiam estacionar quase na beira do gramado
O crescimento do clube era evidente, sendo necessário diversas adaptações para comportar o número de torcedores e sócios. Em 1918 o primeiro pavilhão se tornava pequeno, tendo que ser substituído por um novo, fato que se repetiu em 1944.
Com o passar do tempo o Estádio da Baixada se tornava pequeno. Estudos foram feitos sobre a possibilidade de ampliações, mas se tornaram inviáveis. Assim, iniciou-se ao fim da década de 40 o projeto de construção de um novo estádio. Em 1950 o projeto do arquiteto Plínio Oliveira Almeida foi eleito em concurso realizado pelo clube e uma área no Bairro Azenha foi adquirida, sendo a construção iniciada em 1953 e finalizada em 1954, o último ano em que o Grêmio jogaria na Baixada.
Foto panorâmica
Outras fotos
Fortim da Baixada | ||||||||||||
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Grêmio 3x1 Guarany de Bagé no Fortim em 1913 | 1º Pavilhão | 1º Pavilhão | ||||||||||
Reportagens
Publicações
- Livros
- OSTERMANN, Ruy Carlos. Até a pé nós iremos. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000. ISBN 85-280-0508-9
- ↑ zh.clicrbs.com.br
- ↑ Revista Grêmio 70. Rio de Janeiro: Editora Gazeta de Notícias, v. 1, 1970.